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Como o tempo vai quente e os corpos aquecem a tendência é para tirar a roupa, pelo que a partir de hoje começamos a publicar a foto da "gajabicla do mês" leia-se a "rapariga da bicicleta do mês" ou ainda a "bike girl of the month", isto se houver material.De referir que as fotos são publicadas após uma profunda avaliação e análise por parte dum júri especialmente constituído para o efeito e composto por reputados especialistas na matéria.
O São Pedro e a N S de Fátima andam chateados! Então admite-se que no dia em que vamos numa peregrinação ao santuário, o santo da chuva resolva despejar água como se não houvesse amanhã! Tal como previsto, mais coisa menos coisa e com um sol a prometer dia de calor, 8h 30m da manhã deste sábado, o João Nuno, o Rui Ventura, o Rui Pereira e o João Miranda arrancaram para a prometida ida a Fátima em fora de estrada, sim, porque o btt é isso mesmo. Os primeiros 16 kms foram a rolar e serviram de aquecimento para a 1ª subida até à aldeia de Costas do Adro, onde aproveitámos para o tomar o café da manhã e repor os níveis de açúcar. De volta à estrada, continuámos a rolar até Ramalhais de Cima junto do IC 8, com o céu a ficar cada vez mais negro e nalguns locais já se percebia que a chuva caía. De repente e sem aviso o santo da chuva abre a torneira e durante meia hora esperámos debaixo dum alpendre que a borrasca acalmasse. Com tudo isto eram 12h 30m e os estômagos começavam a berrar com falta de papinha. Decidimos continuar até à localidade mais próxima, Abiúl. Aqui chegados e sem nada que nos fizesse parar para calar os ditos berros, continuámos até Vila Cã. Descobrimos o café Clave de Sol, que no toldo publicitava "petiscos". Iscas, panados, carapaus de escabeche, e outras coisas do género, bailaram nas nossas cabeças. Questionada a patroa, só fazia refeições por encomenda e a muito custo e talvez com pena de nós, que nos fazia quatro bifanas, que mal caíram na mesa desapareceram por magia. Ainda não tinha pousado as imperiais e já o pedido era reforçado com mais quatro tostas mistas. Apesar disso o Rui V. continuava cheio de fome e com razão. De volta à estrada e talvez quem sabe para pôr à prova a nossa capacidade de sacrifício, nova chuvada desta vez sem alpendres por perto, a sorte é que as oliveiras estão cheias de folhas e flores e protegem alguma coisa. Quando a chuva parou começou o verdadeiro sacrifício, subidas que mais pareciam paredes. E assim foi durante muitos kms, um sobe e pouco desce, que nunca mais acabava e que começou a deixar marcas nas pernas. Pelo meio ainda andámos algum tempo perdidos, isto mesmo tendo dois gps's, mas a verdade é que apesar do Google ser uma excelente ferramenta o atraso de dois anos nas actualizações, leva a que a paisagem se altere e os enganos aconteçam, como foi o caso dum caminho que atravessava uma pequena ribeira, mas que a vegetação tinha alterado e só ao fim de várias tentativas descobrimos o caminho certo. Tal como se disse no post anterior o percurso foi todo desenhado no Google e mesmo assim todos os caminhos estavam cicláveis. De referir os locais e paisagens muito bonitos que vimos em todo o percurso. Chegados a Fartaria e com o tempo a piorar decidimos fazer os restantes 12 kms (?) por alcatrão. Talvez por castigo desaba sobre nós uma carga de água que nos deixou encharcados até ao tutano, nada de preocupante porque enfrentámos uma subida de vários kms até Santa Catarina que rapidamente secou a roupa. Finalmente uma descida até Fátima. À nossa espera já estavam as Anas que eram o nosso apoio. Chegados ao recinto do santuário e numa das entradas, um enorme placard informava-nos das proibições, incluindo a de circular de bicla. Está bem! Estamos de acordo. Então vamos levar as bikes à mão. De repente aparece um segurança (seria da Esegur) que por acaso também era ciclista, a informar que mesmo com elas pela mão era proibido. Vá-se lá saber porque razão os padres não querem lá as biclas. Encostámos e pedimos a uma senhora que nos tirasse a foto da praxe para atestar a nossa passagem pelo local. De seguida, rumámos ao parque 3 onde era suposto estarem abertos balneários para se tomar banho. Apesar do horário ser das 9h às 23h, às 6 da tarde grades fechavam os balneários e nem um funcionário por perto. Mesmo estando num local sagrado as asneiras e insultos foram mais que muitos. Como não podíamos regressar a cheirar mal, tomámos banho de torneira deixando o local todo emporcalhado. Quando saímos do "banho", uma surpresa, a mulher do João Nuno tinha assado chouriças e morcelas e tinha montado o estaminé mesmo ali no chão. Desta maneira o João redimiu-se duma promessa falhada e livrou-se do massacre do Rui Pereira, que mesmo assim ainda durou o dia inteiro. Mas, mais uma surpresa aconteceu, um senhor que passava e a quem oferecemos chouriço, voltou daí a pouco com uma garrafa de vinho tinto acabada de abrir que soube ao melhor néctar do mundo. Felizmente ainda há gente boa, num mundo cada vez mais cínico e num local onde o respeito e falta de consideração por quem ali se desloca é por demais evidente, aliás é lamentável que este local tenha como objectivo o aproveitamento da fé e os lucros e que são muitos, que daí resultam. Mal limpos, mas bem alimentados e acima de tudo com o sentimento do objectivo cumprido, terminou mais esta maratona. Foi um dia de btt excelente e em boa companhia. De referir que foram 86 kms no total. Venha a próxima!
Depois da primeira experiência de longa distância, com a ida à Figueira e regresso num total de 130 kms em fora de estrada, achámos piada e desta vez vamos até Fátima, fazendo um percurso de cerca de 80 kms e que segundo a altimetria googliana, vai ser um sobe e desce tipo montanha russa. Algumas passagens pelo asfalto mas a maioria do percurso será em terra.
Saímos no próximo sábado, da Pousada em Cernache, cerca das 8h 30m.
No domingo se houver fôlego colocaremos aqui o relato e fotos do passeio.
Marca de automóveis que se preze, constrói uma bicla para btt. Depois da BMW, Land Rover e outras, surge a Ferrari com o modelo CX 60 e que de Ferrari só tem a cor. Por 2360€ e um equipamento assim assim e quase 14kgs de peso por um quadro "ultralight", a pintura fica cara e estamos a pagar o simbolo. De qualquer maneira quem a comprar pode sempre dizer que anda numa Ferrari (não soa muito bem), que diga-se de passagem dá importância e bué de sainete, principalmente aos tios e betos que gostam de passear a bicla em cima do carro ou numa qualquer marginal.