domingo, 24 de junho de 2012

Patuscada e btt...

Há já algum tempo que queríamos conhecer os percursos das Aldeias de Xisto. Ontem começámos pela Ferraria de S. João, dado que o centro de btt tem todas as condições (ontem a água resolveu faltar).


Para além de ser a primeira vez nestes bonitos trilhos era também a estreia dos novos equipamentos do PMC, que após um longo período de estudo e análise por parte dos mais conceituados designers, a juntar aos 2 meses que o fabricante os demorou a fazer, ao que parece devido à enorme complexidade de desenhos e símbolos.
10 horas começámos a pedalar optando pelo percurso nº 3 com grau de dificuldade - difícil - apesar de ter apenas 30 kms, mas com muitas subidas e algumas poucas descidas. Percurso de grande beleza pelas paisagens que se avistam em vários pontos. 

Apesar da vontade das pessoas e das entidades oficiais que investem muito dinheiro nestas infraestruturas, é necessário fazer manutenção, em particular dos percursos, este reparo a propósito da falta de indicações, umas porque os paus apodrecem, outras porque alguém as retirou (provavelmente não conseguiam passar) e outras queimadas pelo fogo. Aconselhamos que descarreguem o track de gps em: http://www.aldeiasdoxisto.pt/centrosbttdet/63/5/572/1799/20
Os problemas começam logo de inicio porque as setas a sul da aldeia não se vêem e temos que adivinhar e tentar procurar a próxima. Logo a seguir no meio da mata outra seta estava caída. Esta fase inicial é a descer para de seguida subirmos e muito, num trilho cheio de ramos de eucalipto, porque aqui e noutros locais os madeireiros insistem em deixar as estradas cheias de lixo. As entidades oficiais deviam obrigar esta gente a limpar os caminhos.
Passamos em diversas aldeias onde se vê a recuperação de casas em xisto, mas infelizmente pessoas são raras, apenas alguns velhos à porta das casas.
A parte norte da encosta da serra está toda vestida de negro, depois do incêndio recente, que como já referimos queimou as indicações provocando um engano que encurtou o percurso nalguns quilómetros levando-nos novamente até à Ferraria. 






Mas, não contentes e como ainda era cedo para a febra, toca de subir até ao santuário de S. João. Depois de apreciada a espectacular paisagem e tiradas as fotos da praxe, descobrimos novamente o percurso nº 3 que nos obrigou a subir ainda mais e nos levou até um trilho muito técnico todo em pedra. 


Com tudo isto o tempo passou depressa e o petisco chamava por nós.
Como já referimos o centro tem todas as condições, a casa de banho até tinha toalhas e sabonete liquido, infelizmente ontem a água faltou. De salientar a simpatia dos proprietários da Casa do Sapateiro que se deslocaram até ao centro para falarem connosco e justificarem a falta de água e das falhas já referidas no percurso.
Um pequeno parque de merendas, onde os visitantes pudessem fazer as suas refeições, era o toque final para este excelente centro, junto duma aldeia bonita, bem recuperada e com gente simpática.
Apesar da volta ser curta (não chegou aos 30 kms) deu para suar e muito, pelo que as minis fresquinhas souberam que nem ginjas. Instalado o estaminé, grelhador, mesas e cadeiras, as salsichas de peru, febras, costeletas e entremeada acompanhadas de pão e broa foram marchando, empurradas pelas já referidas minis, finalizando com um café.

Então não é que mesmo no fim chegou a água!
Um dia diferente e espectacular e que vai ser repetido aqui e noutros centros. 
Presentes neste passeio: João Miranda, João Nuno, Luís Fonseca e Rui Ventura.
Ref: mapa_btt_ferraria.pdf e  track gps: FSJ_vermelho_n3.GPX

Sem comentários: