Tal como
prometido o ano passado, voltámos à Douro Bike Race, prova que colocou mais uma vez à
prova todas as forças físicas e mentais dos riders participantes neste
excelente evento. Fomos dois, os elementos do Por Maus Caminhos - Rui Ventura e
Vladimiro Casaleiro - a participar no nível "adventure",
constituído por duas etapas, num total de 140 km , com mais de 5000 m de acumulado.
No 1º dia da
adventure, com a serra do Alvão como pano de fundo já se adivinhava um dia
bastante duro, com 90km para percorrer e 3200 m de acumulado. Subida, subida e
mais subida, foi o que fizemos nos perto de 30 km iniciais que deram para
aquecer bem as pernas até ao 1º abastecimento. Aqui com a banca bem recheada de
frutas, barras, bebidas, bolos e muito boa disposição de todo o STAFF, fomos
repondo algumas energias e falando do que ainda estava para vir.
Alguns dos
mais conhecedores do percurso comentavam que o pior ainda estava para chegar.
Sempre a tentar dosear bem a cadência para que não fossemos surpreendido pelo
cansaço antes do tempo, lá íamos apreciando as paisagens deslumbrantes da
magnífica serra do Marão e assim tentar não pensar nos kms que ainda faltavam
percorrer.
Feito o 2º
abastecimento, aí a situação começou mesmo a piorar, trilhos bastante técnicos
com tanta pedra que obrigou a muitos participantes a fazerem descidas à mão e
subidas com a bike às costas durante alguns Kms. Várias reparações mecânicas,
substituição de câmaras foram uma constante. Dureza, era a palavra mais
apregoada por todos, mas BTT é isso mesmo, suor e sacrifício. Nesta altura o
cansaço já era mais que notório, algumas cãibras começavam a fazer mossa, isto
porque descurámos os alimentos sólidos, comprometendo a restante da prova.
Último
abastecimento e foi altura de fazer a pausa mais longa para recuperar forças e
repor os alimentos necessários. Muitos eram os que já estavam deitados e
sentados pelo chão a considerar a desistência na prova. Mesmo com alguma
dificuldade lá continuámos para os últimos 30km apreciando as vistas e falar de
alguns pontos de passagem como a ponte de arame, as Fisgas de Ermelo e o famoso
Rock Garden que tanto atormentou muitos dos atletas com as suas perigosas
rochas.
Finalizado o
primeiro dia com um real empeno era hora do merecido descanso com uma boa e
fresca cerveja Mahou que por sinal era bem boa para preparar e recuperar para o
dia seguinte.
Dia 2 - Serra
da Aboboreira, etapa mais curta de 50 km e 2000 m de acumulado, mas mesmo assim muito
dura. Etapa muito mais ciclável que a anterior, com paisagens soberbas sobre
Amarante e várias descidas fantásticas com bastantes single tracks. O defeito
das descidas é que primeiro tem que se subir e neste caso muito.
Mais uma DBR
concluída, bastante sofrida, mas com um sorriso bem aberto por ter conseguido
terminar sem problemas de maior. Para 2013 talvez a EPIC mas para isso a
preparação terá que ser melhorada.
Não posso
deixar de mais uma vez dar os parabéns a todo o staff que contribuíram para o
sucesso desta prova e fizeram das “tripas coração” para que tudo corresse a
100%. PARABÉNS A TODOS e até 2013.