Dylan Groenewegen, responsável pela queda que deixou Fabio Jakobsen entre a vida e a morte, admitiu que cometeu um erro.
Dylan Groenewegen, o sprinter holandês de 24 anos que provocou uma queda grave na primeira etapa da Volta à Polónia, deu uma entrevista ao canal NOS, mostrando-se em choque.
"Que fique claro que nunca foi minha intenção por em perigo outros ciclistas, mas o que aconteceu foi claramente culpa minha. Desviei-me da linha e isso é proibido", começou por afirmar o ciclista responsável pela queda que deixou Fabio Jakobsen entre a vida e a morte, que levou outros ciclistas ao hospital e que também magoou o próprio Groenewegen, que partiu a clavícula, mas que só se deu conta no dia seguinte.
"Só pensei no Fabio e na sua família e espero que recupere rápido", explica, contando o momento do acidente ocorrido em cima da meta: "Vi imediatamente que se passava alguma coisa. Os estragos eram grandes e ouvi coisas nada agradáveis. Na verdade foi tudo tão rápido. As barreiras voaram por cima da estrada e eu caí."
Groenewegen diz que não conseguirá tão cedo pegar na bicicleta e a sua equipa (Jumbo-Visma), que o suspendeu enquanto decorrer a investigação UCI (União Ciclista Internacional), já lhe ofereceu ajuda psicológica.
"Até pensar num sprint vai levar muito tempo. Nem sequer vou pensar em ciclismo nos próximos meses. Veremos como será depois", referiu o corredor, que comentou ainda as palavras de Patrick Lefevere, diretor geral da Deceuninck-QuickStep, equipa de Fabio Jakobsen, que falou em tentativa de assassinato e em recurso aos tribunais: ""É a decisão dele, não posso dizer muito sobre isso. Certamente não o disse de forma consciente. É um tema muito emotivo para todos e para mim também", rematou Groenewegen.
Fabio Jakobsen, recorde-se, foi operado a lesões faciais (cirurgia demorou cinco horas), já foi retirado do coma induzido e encontra-se estável, ainda que os médicos garantam que a sua recuperação será muito lenta.