A ideia já era antiga, mas a propósito do 1º aniversário do grupo decidimos fazer um fim de semana de btt. Ligar Coimbra à Figueira da Foz passando pela Tocha e regressar a Coimbra.
Dia 21 de Março 9 horas da manhã no Choupal, o João Miranda, o João Nuno e Rui Ventura fazem os últimos preparativos para um dia a pedalar. Meia hora depois e com o carro de apoio devidamente abastecido, arrancámos. Devagar!
Manhã agradável com o sol a querer romper na neblina. Parámos no estradão que liga Ançã a Andorinha para um primeiro reabastecimento e despejo de líquidos ( leia-se mijadela ) quando toca o telefone. Era o Nini, que tinha saído de Anadia e que já nos esperava em Outil. Ora, os convidados não esperam, pelo que acelerámos e cortámos caminho até ao ponto de encontro. Depois dos cumprimentos e estudo aprofundado dos percursos devidamente desenhados no Google para os gps's, lá retomámos o passeio. Grande parte do percurso de Outil até à Figueira foi desenhado no Google, ora cedo se percebeu que o que parecia ser terra era alcatrão mais claro. Como o alcatrão faz mal à saúde procurámos alternativas, não sem antes termos assistido a uma cena anedótica. Um grupo de motard's todos em motoretas tipo V5, Forvel, Casal Boss e outros exemplares do género, passaram por nós numa correria alucinada com saltos e tudo. Só visto!Alguns quilómetros depois, em Guimera, a primeira avaria. A corrente do J. Miranda ficou com um elo partido. Valeu-nos um link que o João Nuno tinha levado.
O passeio continuou sem mais problemas e depois de atravessar a N109 entrámos na mata por trás da fábrica que fica junto estrada para a praia da Tocha. Durante algum tempo pedalámos, mas, não fossem os pinheiros e até parecia que tínhamos chegado ao deserto, só areia e mole. Foram vários quilómetros com a burra à mão e ameaças de agressões físicas ao autor do trilho. 2 horas da tarde e sentámo-nos na esplanada dum restaurante da praia da Tocha. Muita fome e sede, pelo que cerveja, bolos de bacalhau, manteiga, saladas de atum, omelete e picanha desapareceram num instante. Uma hora e meia depois a vontade de pedalar tinha desaparecido. Com muito custo lá nos pusemos em cima delas e sempre fiados no desenho feito no Google "imbicámos" a sul com vontade de pedalar junto às dunas. Cedo percebemos que não dava e mais ameaças à integridade física do dito desenhador. Marcha atrás pelo alcatrão até que entrámos numa recta interminável até Quiaios, ainda que, como eram mais os buracos que alcatrão a monotonia fosse quebrada, pela gincana que fazíamos. Estranha foi a forma como o João Nuno e o Rui se puseram a pedalar. Estavam possuídos. Ligaram o turbo. Só pode ter sido qualquer coisa que comeram ao almoço que os outros nem cheiraram.
Chegados a Quiaios o outro desenhador ( Nini ) e candidato a sócio e quem sabe a um lugar de grande importância na estrutura dirigente deste grandioso grupo e numa tentativa de nos impressionar, convida-nos a seguir o seu percurso. A principio a coisa era razoável, mas de repente a terra deu lugar a calhaus do tamanho de melões. Ora, depois de tantos quilómetros ( 70 e tal ) nada como uma parede que terminava próximo do miradouro da Serra da Boa Viagem. É evidente que depois deste erro as possibilidades deste candidato a sócio desta prestigiada agremiação ficaram reduzidas a zero ou quase. Fotos e filme da praxe lá no alto e descemos até à Figueira pelos trilhos duma antiga prova de down hill, que se encontram em muito mau estado.
Quase nove horas depois, sem esquecer o almoço ( 1h 30m, é bom lembrar) chegámos ao parque de campismo da Figueira da Foz com 86 kms nas pernas. À nossa espera já estava a Paula no carro de apoio.Procurámos sitio e montámos as tendas. Depois de devidamente instalados e um banho que soube a spa, restaurante com eles para devorar massa ( hidratos de carbono ) como os atletas a sério. Durante o repasto ainda se assistiu a esse grande momento da vida desta nossa terrinha, o jogo de futebol entre os da capital. Regresso aos "apartamentos", quase uma hora de conversa sobre finlandesas, húngaras e checas e fomos descansar o corpinho.
Queríamos descansar! Mas não nos deixaram! Aquela gente da Figueira não dorme, anda de carro toda a noite. Ainda por cima estava um frio do caraças e às 5 da manhã um pássaro madrugador cantava que nem um desalmado.
Quando acordámos ainda pensámos em pedir o livro de reclamações pela falta de "isolamento sonoro" do parque, mas como a fome era muita, fomos até à pastelaria mais próxima, onde o assunto do dia entre empregados e clientes era o jogo já referido. De volta ao parque desmanchámos as tendas e esperámos pelo carro de apoio que traria mais 2 participantes, o Carlos Lobo e o João.
9h 30m e estávamos de volta à estrada, para ligar a Figueira ao Choupal em Coimbra.
Após alguns kms em alcatrão e com objectivo de entrar na terra o mais rápido possível, a primeira peripécia. O caminho terminava no arame farpado. Depois de grandes estudos e análises aprofundadas da situação, decidimos saltar a vedação de arame farpado que protege a auto estrada Coimbra- Figueira e voltamos a encontrar outro caminho uns metros à frente.
Lá continuámos num carrocel ( sobe desce ) até à ponte da auto estrada. O restante caminho até ao Choupal foi sempre a rolar num ritmo aceitável, porque as dores no rabo dos iniciaram o passeio no dia anterior, começaram a dar sinais. Foram mais 44 kms a juntar aos 86 do dia anterior o que deu a bonita soma de 130 kms. Terminámos com uma rodada de cerveja e tremoços e a certeza de voltarmos a repetir fins de semana como este.
# O vídeo do passeio segue dentro de momentos...
Manhã agradável com o sol a querer romper na neblina. Parámos no estradão que liga Ançã a Andorinha para um primeiro reabastecimento e despejo de líquidos ( leia-se mijadela ) quando toca o telefone. Era o Nini, que tinha saído de Anadia e que já nos esperava em Outil. Ora, os convidados não esperam, pelo que acelerámos e cortámos caminho até ao ponto de encontro. Depois dos cumprimentos e estudo aprofundado dos percursos devidamente desenhados no Google para os gps's, lá retomámos o passeio. Grande parte do percurso de Outil até à Figueira foi desenhado no Google, ora cedo se percebeu que o que parecia ser terra era alcatrão mais claro. Como o alcatrão faz mal à saúde procurámos alternativas, não sem antes termos assistido a uma cena anedótica. Um grupo de motard's todos em motoretas tipo V5, Forvel, Casal Boss e outros exemplares do género, passaram por nós numa correria alucinada com saltos e tudo. Só visto!Alguns quilómetros depois, em Guimera, a primeira avaria. A corrente do J. Miranda ficou com um elo partido. Valeu-nos um link que o João Nuno tinha levado.
O passeio continuou sem mais problemas e depois de atravessar a N109 entrámos na mata por trás da fábrica que fica junto estrada para a praia da Tocha. Durante algum tempo pedalámos, mas, não fossem os pinheiros e até parecia que tínhamos chegado ao deserto, só areia e mole. Foram vários quilómetros com a burra à mão e ameaças de agressões físicas ao autor do trilho. 2 horas da tarde e sentámo-nos na esplanada dum restaurante da praia da Tocha. Muita fome e sede, pelo que cerveja, bolos de bacalhau, manteiga, saladas de atum, omelete e picanha desapareceram num instante. Uma hora e meia depois a vontade de pedalar tinha desaparecido. Com muito custo lá nos pusemos em cima delas e sempre fiados no desenho feito no Google "imbicámos" a sul com vontade de pedalar junto às dunas. Cedo percebemos que não dava e mais ameaças à integridade física do dito desenhador. Marcha atrás pelo alcatrão até que entrámos numa recta interminável até Quiaios, ainda que, como eram mais os buracos que alcatrão a monotonia fosse quebrada, pela gincana que fazíamos. Estranha foi a forma como o João Nuno e o Rui se puseram a pedalar. Estavam possuídos. Ligaram o turbo. Só pode ter sido qualquer coisa que comeram ao almoço que os outros nem cheiraram.
Chegados a Quiaios o outro desenhador ( Nini ) e candidato a sócio e quem sabe a um lugar de grande importância na estrutura dirigente deste grandioso grupo e numa tentativa de nos impressionar, convida-nos a seguir o seu percurso. A principio a coisa era razoável, mas de repente a terra deu lugar a calhaus do tamanho de melões. Ora, depois de tantos quilómetros ( 70 e tal ) nada como uma parede que terminava próximo do miradouro da Serra da Boa Viagem. É evidente que depois deste erro as possibilidades deste candidato a sócio desta prestigiada agremiação ficaram reduzidas a zero ou quase. Fotos e filme da praxe lá no alto e descemos até à Figueira pelos trilhos duma antiga prova de down hill, que se encontram em muito mau estado.
Quase nove horas depois, sem esquecer o almoço ( 1h 30m, é bom lembrar) chegámos ao parque de campismo da Figueira da Foz com 86 kms nas pernas. À nossa espera já estava a Paula no carro de apoio.Procurámos sitio e montámos as tendas. Depois de devidamente instalados e um banho que soube a spa, restaurante com eles para devorar massa ( hidratos de carbono ) como os atletas a sério. Durante o repasto ainda se assistiu a esse grande momento da vida desta nossa terrinha, o jogo de futebol entre os da capital. Regresso aos "apartamentos", quase uma hora de conversa sobre finlandesas, húngaras e checas e fomos descansar o corpinho.
Queríamos descansar! Mas não nos deixaram! Aquela gente da Figueira não dorme, anda de carro toda a noite. Ainda por cima estava um frio do caraças e às 5 da manhã um pássaro madrugador cantava que nem um desalmado.
Quando acordámos ainda pensámos em pedir o livro de reclamações pela falta de "isolamento sonoro" do parque, mas como a fome era muita, fomos até à pastelaria mais próxima, onde o assunto do dia entre empregados e clientes era o jogo já referido. De volta ao parque desmanchámos as tendas e esperámos pelo carro de apoio que traria mais 2 participantes, o Carlos Lobo e o João.
9h 30m e estávamos de volta à estrada, para ligar a Figueira ao Choupal em Coimbra.
Após alguns kms em alcatrão e com objectivo de entrar na terra o mais rápido possível, a primeira peripécia. O caminho terminava no arame farpado. Depois de grandes estudos e análises aprofundadas da situação, decidimos saltar a vedação de arame farpado que protege a auto estrada Coimbra- Figueira e voltamos a encontrar outro caminho uns metros à frente.
Lá continuámos num carrocel ( sobe desce ) até à ponte da auto estrada. O restante caminho até ao Choupal foi sempre a rolar num ritmo aceitável, porque as dores no rabo dos iniciaram o passeio no dia anterior, começaram a dar sinais. Foram mais 44 kms a juntar aos 86 do dia anterior o que deu a bonita soma de 130 kms. Terminámos com uma rodada de cerveja e tremoços e a certeza de voltarmos a repetir fins de semana como este.
# O vídeo do passeio segue dentro de momentos...
1 comentário:
a quem se queixa do rabo deixo um aviso: vocês é que sabem o que andam a fazer com o dito cujo, e por isso tenham mais cuidado com o uso que lhe dão!!! eh eh
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