Férias...

Uns já foram e já voltaram, outros vão agora, o que é importante é ir de férias e quanto mais tempo melhor!
BOAS FÉRIAS!!!

Água, muita água...

Domingo, meio dia, 30graus e as piscinas naturais de Ançã com uma água límpida e fresca à nossa espera.
Apesar da volta ser rolante, o calor era mais que muito, não hesitámos e durante uma meia hora estivemos de molho.
Aqui ficam algumas fotos:

Dureza...

A volta do passado domingo foi seguramente das mais duras que fizemos até hoje. Apesar de termos andado apenas 36 kms, subidas e subidas que mais pareciam paredes, obrigando a desmontar da burra. Valeu a pena pela novidade e para nos lembrarmos que de vez em quando, é preciso fazer voltas destas.
Valeu a pena também porque, o Rui e Lobo recuperaram forças na lagoa da mata do Maxial, infelizmente o escriba deste post não foi ao banho porque estava com uma otite. 
Aqui ficam fotos dos banhos e o gráfico do relevo.

Miúda com bicla...

Imperdoável!
Não temos colocado miúdas com biclas. Desculpas como esquecimento ou distracção, não servem, porque coisas destas não se esquecem.
E como mais vale tarde que nunca, aqui deixamos um postal da Sophie com uma explicação e um xoxo para todos.

BTT e Chícharo...

A volta de hoje foi marcada pelo muito calor, que nos "obrigou" a regressar a casa mais cedo. No regresso parámos no Zambujal, ponto obrigatório de passagem, para nos refrescarmos na fonte do largo da igreja. Apareceu um habitante local e conversa puxa conversa, falou-se de chícharo. 

O escriba deste post já comeu várias vezes e ficou adepto.  

Mas afinal o que é o chícharo?

O Chícharo, do latim Cicer, é uma planta leguminosa anual, cujas raízes se adaptam perfeitamente a terrenos calcários e pobres da Serra, não sendo necessário grandes cuidados com o amanho da terra. 

Embora a sua origem seja discutível, pode considerar-se como segura o seu primeiro aparecimento no Mediterrâneo Oriental: Grécia, Turquia e Síria de onde se expandiram, com relativa rapidez, para os diversos países dos cinco continentes habitados. 

Tendo entrado em Portugal pelo SuI, foi trazido para as Beiras pelas populações nos seus movimentos sazonais. 

O Chícharo foi sempre sinónimo de pobreza e rudeza, considerado a "carne dos pobres". Teve um papel importante na alimentação nomeadamente nos anos 30 e 40, sobretudo no SuI do país e Beiras, no qual as populações pobres baseavam as suas refeições. (A classe rica alimentava com estes leguminosos os animais bovinos e caprinos) 

Apesar da sua relativa riqueza em lípidos, hidratos de carbono, fósforo e potássio, quando generalizado a toda a população, começou a ser acompanhado de carne e peixe.

Tal como bacalhau também o chícharo pode ser cozinhado de diversas formas, a saber: cozido com batata, cebola e raia, tudo regado com azeite do bom. 

Chícharo cozido com sardinhas assadas, bacalhau assado, morcela, febra ou entrecosto.

Sopa de chícharo com couve branca - do melhor.

Tarte de chícharo.

Para os curiosos a zona de maior abundância de chícharo é Alvaiázere, que organiza anualmente um festival exclusivamente dedicado a esta leguminosa.

No Rabaçal o "Tónio americano" é o único que produz e vende. Se não quiserem ter trabalho de cozinhar, o restaurante na estrada de Tomar na zona do Pastor, na rotunda para Miranda do Corvo serve pratos de chícharo.

Sem dúvida uma volta muito cultural, gastronómicamente falando.